Não sei o que é mais ridículo e reflexo de um autoritarismo mascarado , quando uma Nação quer fazer parecer que age em busca de justiça social:
- as cotas do sistema educacional, qualquer uma delas,
ou
- as cotas que obrigam os partidos a ter 30% de candidatas mulheres nas Eleições - o que , na verdade, é o mesmo que obrigar a mulher a fazer o que o governo quer que seja feito, independentemente de que ela assim o deseje.
Faz melhor quem faz por gosto e vocação, e não quem faz por se sintir coagido a fazer.
O que não se pode é proibir alguém de militar no sistema político em função de sexo, cor ou qualquer item que signifique discriminação, desde que habilitado. Mas estabeler que a mulher seja obrigada a exercer mandatos políticos, francamente, é um pouco estranho, para não dizer maluco, para meu entendimento.
Além do mais, essa idéia inusitada passa a ser mais uma das mentiras com as quais temos que conviver na já tão escabrosa corrupção que vem destruindo nossos ideais de Ética, na convivência com nossos pares governantes.
Minha amiga sentiu-se constrangida a filiar-se a um partido político e ser candidata a Vereadora, para atender pedidos, caso contrário aquele partido não poderia participar das próximas Eleições.
Bastante chateada, disse-me que nem ela mesma vai votar em si própria e que se sente envergonhada. Fez para ajudar, pois naquele tal partido tem amigos aos quais muito admira e torce por eles.
E eu, aqui com minhas letras pensantes, fico aterrorizada com o que ainda pode surgir neste país, que não sei bem se emergente ou sucumbente, tudo em nome da modernidade e de proteção à mulher.
Demagogos.
Hipócritas.
Estamos rodeados deles.
O tema Política é deveras interessante (e como é!) , pois o homem é um ser político por natureza. Mas a Política que chamo de interessante é outra, bem diferente dessa panela de azeite que há tempos está fervendo nos nossos quintais.
A propósito, tem gente que gosta de escrever, tem gente que gosta de ler e escrever - mas tem gente que só gosta de ler.
E daí?
Já pensou se entre todos que gostassem de ler fosse criada cota de 30% para aqueles que, caso se declarassem leitores, fossem , também, escritores?
Ficaria um negócio mais ou menos assim:
se cair na rede, 70% tem que ser robalos e 30% piranhas.
E se voce for catar carangueijo no mangue, 30% tem que ser fêmeas.
Danem-se os 70% dos machos.
Azar o deles.
Miriam Dutra
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